Não tenho nada contra os gatos, pelo contrário. Acho os gatos animais muito interessantes com peculiaridades surpreendentes. Mas, sabe aquela história que há pessoas com personalidade para ter cachorros e, outras para ter gatos? Pois, eu sou dos cachorros. Ainda não sei bem o que isso significa, mas sou cachorrenta, desde criança.
Poderia fazer uma lista aqui de tudo de bom que os cachorros são. Contudo, antes de qualquer coisa, os cachorros nos ensinam, pelo exemplo, o que é o amor incondicional. O legítimo. Eles não aceitam imitação.
Alguém aí já viu cachorro guardar rancor? Alguém já viu cachorro se vingar? Mesmo quando os donos não tratam deles muito bem, ou até os maltratam, eles sublimam o que quer que seja que tenha acontecido e, começam do zero, naturalmente, espontaneamente. E, isso é o princípio do perdão: começar de novo, como se nada tivesse acontecido. Bingo! Os cachorros ensinam o perdão a quem precisa e, está disposto a aprender. Só isso, já seria o suficiente para considerá-los preciosos. Mas, tem mais, tem muito mais.
Um cachorro entende tudo o que acontece com o dono e, ao redor dele, muito mais do que os nossos cinco sentidos possam perceber. Dizem os sábios, que o cachorro é tão devotado ao dono, que absorve toda ou uma boa parte do que é chamado de “carga energética negativa” que vem para o dono. Ou seja: o cachorro “amortece” para o dono ondas de negatividade, vibes ruins e, até doenças. Imagino que tenha gente que não acredite, tudo bem. Como acho que coincidências não existem e, como já testemunhei muitas coisas assim, eu, particularmente, sinto que tem procedência.
Fora, a eterna alegria com que eles sempre nos recebem e, lidam com a gente no dia a dia. Estão sempre prontos para explorar novas maneiras de estreitar os laços de amizade conosco, numa contínua demonstração de amor tão envolvente quanto encantadora. Os cachorros nos remetem aqueles períodos da nossa infância, quando experimentamos a delícia que é sentir que a espontaneidade e a felicidade são naturais na gente… Quando chega a roda viva da vida, infelizmente, vamos mudando, mas isso é uma outra história…
O resumo dessa ópera entre nós e os cachorros, se é que podemos resumir, é o amor incondicional. Eles demonstram isso o tempo todo e, nos ajudam, dessa forma, a entender e praticar também.
Como a vida é cíclica, um dia eles vão embora. Todo mundo vai, faz parte desse nosso show aqui nesse planeta. E aí, como é que fica? Comparo a perda de um cachorro à perda de um ente querido. Afinal, os nossos cachorros também são nossas crianças. Eles são peludos, têm rabo, não falam, são de outro Reino, mas são nossas crianças. E, pronto!
E aí, que é muito triste. Só o tempo mesmo para amainar a dor que a falta deles nos faz e, deixar no lugar só a saudade e as boas lembranças. Fiquei imaginando que quando chega a hora deles, vem um ou mais anjinhos querubins, que são anjos-crianças e, os levam para um lugar bem bonito, com jardins e campos, para eles correrem e brincarem, com outros cachorros amigos e parentes, que já se foram antes deles… Quem sabe se não é assim…?
Seja como for, aqui vai o meu coração para o meu irmão e para a minha cunhada, que perderam o cachorro deles nessa última sexta-feira, dia 28 de agosto. O nome dele era Kriolo, um labrador preto maravilhoso, um dos cachorros mais lindos que já vi em toda a minha vida. Onde quer que o Kriolo esteja agora, ele deve estar correndo, brincando e agitando a galera, com toda aquela exuberância e alegria, que são suas marcas registradas. Os querubins estão tomando conta do Kriolo de vocês, fiquem tranquilos.
R.I.P
Que vocês estejam se fartando de brincar com os querubins!!!
Um beijo no coração de vocês.
