Alternativas Saudáveis: Receitas de Saúde & Bem-Estar

Entrevista com Patrícia Kaminski

Tive a sorte de participar do Curso de Aprofundamento em Florais da Califórnia, realizado em Campos do Jordão, em novembro passado, e ministrado pelos sintonizadores desse sistema de remédios florais, Patrícia Kaminski e Richard Katz. Todo aquele verde ao redor do belo hotel Orotour e a impecável organização do evento, a cargo da empresa paulista Essências Florais fizeram com que essa fosse uma experiência inesquecível.
Como se não bastasse, a Patrícia me concedeu uma entrevista exclusiva, para ser publicada no site alternativas saudáveis, que tem como um dos seus objetivos divulgar a Terapia Floral para o grande público.
A apresentação da  Patrícia Kaminski me parece muito interessante não só  para os terapeutas florais e/ou pessoas já familiarizadas com os florais, mas para todas aquelas que estão interessadas na sua saúde e bem-estar.

Patrícia Kaminski
Maria-Fernanda A. Silva/Alternativas Saudáveis:
Quando foi que você ouviu o chamado para fazer esse trabalho?

Patrícia Kaminski/Flower Essence Society:
Foi em 1976, e naquela época era difícil até mesmo encontrar os florais. O chamado para fazer o trabalho foi para a minha própria cura e também para ajudar umas crianças que participavam de um  programa no qual seriam mandadas para a prisão se não o concluíssem. Era um programa de reabilitação para crianças.
Porém, mesmo antes disso, eu já dava florais para crianças quando exercia a função de tutora. Trabalhava como professora e tutora e ajudei muitas crianças com  dificuldades para ler e problemas de comportamento.
Quando descobri os florais, fazia parte de uma comunidade espiritual. Os florais me ajudaram a perceber que aquela comunidade não servia para mim. Apesar de ser uma boa comunidade, tinha regras muito rígidas baseadas no medo. Essa foi a minha primeira experiência com os florais. Na experiência que tive dando florais para crianças, reparei que a dificuldade de aprendizagem dessas crianças era resultado de  problemas emocionais.
Depois disso, trabalhei como terapeuta em um programa para adolescentes e jovens que cometeram crimes. Como eles eram muito jovens, em vez de serem mandados para a prisão foram colocados nesse programa, que oferecia terapia intensiva e reabilitação vocacional em regime de internato.
O que aconteceu foi que muitos desses jovens foram expulsos do programa porque apresentaram problemas muito sérios de comportamento, e os outros terapeutas não conseguiam nenhum progresso com eles. Foi aí que eu disse à administração: “Há um  outro caminho com os florais. Deixem-me tentar”.
Então, apesar de os florais não fazerem parte do programa oficialmente, a administração me deixou utilizá-los. E aí eu tive uma resposta realmente impressionante. Fiquei surpresa, porque naquela ocasião ainda não sabia o que os florais são capazes de fazer. Havia apenas três livros sobre remédios florais, imagine!
Foi assim que me envolvi com os florais. Tive tantas experiências pessoais e resultados clínicos tão impressionantes que quis saber quem mais estava trabalhando com isso. Isso foi antes da era do Google e do Facebook [risadas], então encontrar alguém era muito mais difícil. Mas achei o Richard, que tinha acabado de organizar as primeiras publicações periódicas da Flower Essence Society (a FES como é mais conhecida).

Maria-Fernanda:
Então você e o Richard começaram a desenvolver esse trabalho juntos?

Patrícia Kaminski:
Conheci o Richard em 1979, ele já estava fazendo isso desde 1976…1977, assim como eu também. Estávamos no mesmo processo de descobrir o incrível benefício clínico dos florais. Usávamos apenas os florais do dr. Bach, era só o que existia naquela época.
Mas o Richard tinha acabado de desenvolver um experimento com algumas das primeiras essências da Califórnia. Ele estava pesquisando as essências da Califórnia e as do dr. Bach também.
Nós nos encontramos em 1979. No início, estávamos apenas buscando uma parceria profissional, mas depois percebemos que tínhamos uma missão de vida juntos e que  isso envolveria todos os níveis de um relacionamento. Foi assim que as coisas foram acontecendo com a gente.

Maria-Fernanda:
O que é exatamente o trabalho de um sintonizador de um sistema floral? Qual seria o termo mais adequado,  “sintonizador” ou “canalizador”?

Patrícia Kaminski:
O nosso trabalho é, antes de mais nada, fazer um estudo botânico detalhado das plantas. A segunda parte é uma verdadeira coleção de casos. Então, vamos gradualmente disponibilizando os remédios para o grande público à medida em que as respectivas pesquisas vão demonstrando os seus benefícios.
Quanto mais pesquisamos os remédios florais, melhor compreendemos como atuam. Estamos permanentemente coletando pesquisas e experimentos sobre todas as essências, inclusive as do dr. Bach.
O  nosso trabalho baseia-se nos estudos e relatos de experiências que nós e os  terapeutas fazemos sobre os florais. Fazemos também, claro,  uma leitura intuitiva, usando a  nossa sensibilidade e conectando-nos com os florais, mas não posso dizer que seja um trabalho mediúnico, entende? Trata-se, na verdade, de um processo. É por isso que nos intitulamos The Flower Essence Society (Sociedade das Essências Florais), porque sentimos fortemente que esse processo também envolve as pessoas que nos dão o retorno do nosso trabalho.

Maria-Fernanda:
Então você quer dizer que no trabalho que vocês fazem, a interação com os terapeutas e com o público é um aspecto fundamental, certo?

Patrícia Kaminski:
É isso mesmo. O nosso trabalho tem um padrão de pesquisa que é dinâmico, multidimensional, e está em contínua transformação. Achamos que é ele  que dá as melhores respostas. Esperamos construir uma base profissional com esse padrão de pesquisa que seja bem estruturada, sólida, e que se sustente com o passar dos anos. Essa é a nossa meta.

Maria-Fernanda:
Que tipo de habilidades é preciso ter para desenvolver esse trabalho?

Patrícia Kaminski:
Penso que em primeiro lugar, essa pessoa tem de ter amor pelas plantas e  pela natureza. O nosso trabalho é andar pelas páginas do livro da natureza com os nossos pés. Amamos a natureza de verdade. Temos um santuário onde desenvolvemos o nosso trabalho, sempre estudando as plantas e as suas características, tudo isso. A outra coisa é gostar das pessoas, em especial da natureza da alma humana, porque é na alma que os florais realmente atuam.
À medida em que fomos desenvolvendo esse trabalho, fomos mapeando a alma. Para nós surgiu a pergunta: “O que significa se curar?” Essa questão nos trouxe mais perguntas, e,  para respondê-las,  estudamos muitas pessoas envolvidas com cura, como por exemplo Carl Jung, todas as tradições alquímicas e muitas (muitas mesmo!) terapias relacionadas à alma, para compreender melhor a fenomenologia da alma. Estudamos as pesquisas de muita gente e levamos tudo isso de volta para os florais.
Nunca me senti entediada. A interação da fenomenologia da alma humana com as plantas é muito rica, nunca terminaremos esse trabalho.
A nossa meta é estabelecer a base desse trabalho, para que quando estivermos prontos para ir embora do planeta outras pessoas possam continuar.

Maria-Fernanda:
Como os florais podem afetar um ser humano?

Patrícia Kaminski:
Descobrimos que os florais curamem etapas. Você pode ter uma resposta imediata tomando um determinado floral. Mas é o mesmo que jogar uma pedrinha na água. Aquela primeira gota de água cria um círculo, mas muitos outros círculos vão acontecendo depois. Muitas coisas podem acontecer quando se combinam florais. Há um milhão de possibilidades. Há diferentes etapas de desenvolvimento dentro do processo terapêutico.
Mas o que acontece quando tomamos floral é a criação da consciência entre o corpo e a alma. O que quero dizer é que o que muda é a nossa habilidade de nos apropriarmos do medo, da ansiedade e de todos os estados emocionais que são infinitos.
Os remédios florais nos ajudam a ter mais integridade, mais  entendimento, e é isso que apuramos no nosso trabalho.

Maria-Fernanda:
O que você quer dizer quando afirma que os florais pertencem ao “mistério do coração”?

Patrícia Kaminski:
Bem, todos os órgãos podem ser afetados pelos florais. Mas o mais importante é a digestão do coração, porque o coração não é apenas uma “bomba”. É também uma bomba, claro, porque ajuda o sangue a circular, mas é muito mais que isso: é o órgão mais essencial para o nosso equilíbrio emocional. Pesquisas já comprovaram que o coração tem o seu caminho, tem um cérebro próprio.
Uma coisa é certa: os florais trabalham na habilidade do coração de lidar com uma variedade imensa de situações emocionais cada vez com mais capacidade de integração. É isso que vemos acontecer com as pessoas que tomam florais. É uma mudança gradual.

Maria-Fernanda:
Patrícia, já percebi que tanto você quanto o Richard se referem ao dr. Bach com muito respeito. Inclusive, nos seus cursos ensinam os florais da Califórnia juntamente com os florais do dr. Bach. Por quê?

Patrícia Kaminski:
Eu e o Richard sentimos que o dr. Bach é o nosso mestre espiritual. Nunca quisemos substituir o trabalho dele. O trabalho do dr. Bach é o começo de tudo, nos parece egóico nos divorciamos do trabalho dele, entende? É uma questão de reverência e respeito.
Não tem como eliminar o trabalho do dr. Bach, porque é a base do nosso trabalho. Foi tomando o Rescue, a fórmula floral de emergência do dr. Bach, que começamos a nos estabilizar. O trabalho do dr. Bach é extraordinário!

Maria-Fernanda:
Você mencionou que os florais são um novo patamar de referência para as  doenças. Como os florais podem, por exemplo, ajudar a pessoas que têm depressão?

Patrícia Kaminski:
Nós temos muitos casos documentados de pessoas que não precisaram mais tomar medicação para depressão com o uso de florais. Mas não dá para dizer para uma pessoa que está tomando medicação para depressão por muito tempo, “Pare de tomar isso, tome esse floral”. Isso pode ser muito perigoso, porque há implicações fisiológicas.
Definitivamente, não se pode fazer com que uma pessoa  que toma medicação para depressão há muito tempo passe de um estágio para o outro sem permitir que esse seja um processo gradual.
O que eu quero dizer é que muitas pessoas estão sendo medicadas com drogas farmacêuticas muito pesadas,  com milhões de efeitos colaterais, e  desnecessariamente. O que devemos realmente fazer é curar as emoções que originaram a doença, e isso os nossos psiquiatras não estão fazendo.
Hoje em dia, os tratamentos para a depressão apenas controlam os sintomas. Poderia dar muitos exemplos aqui de como essas medicações interagem com a química do corpo humano. Mas o meu ponto é que os florais vão colocar em evidência a razão pela qual aquela pessoa está deprimida, ou por que está com um problema de metabolismo ou o que seja que esteja acontecendo com ela. E é exatamente aí que reside a possibilidade da cura: localizar  o problema que originou o desequilíbrio. Isso foi bastante enfatizado pelo dr. Bach.
Às vezes, precisamos de um suporte no nível fisiológico e, nesse caso, recomendamos homeopatia ou fitoterapia, por serem tratamentos mais compatíveis com os florais. Tanto a homeopatia quanto a fitoterapia darão o apoio fisiológico que o corpo precisa sem os efeitos colaterais de uma medicação forte. Essas medicações não têm  nada a ver com a natureza, são feitas de forma sintética em laboratórios.
É evidente que nos casos extremos, como de alguém querendo cometer suicídio, por exemplo, é necessário fazer uma intervenção imediata. Em casos assim, essas medicações farmacêuticas sofisticadas são necessárias.
Mas a nossa preocupação é que esse tipo de medicação está sendo usada para um número de pessoas cada vez maior. As medicações psiquiátricas estão sendo receitadas para crianças e até para animais. Não concordo com isso. O que falta fazer é dar atenção àquilo que originou a doença, perceber quais os sentimentos envolvidos, investigar o que aconteceu na vida daquela pessoa que ficou doente, entende?
Um psiquiatra típico, pelo menos nos Estados Unidos, não está nem um pouquinho interessado nisso. Eles fazem uma consulta de 20 a 30 minutos, durante a qual fazem um resumo dos sintomas das pessoas e receitam automaticamente uma medicação psiquiátrica.
Na prática médica, de maneira geral, perdeu-se a habilidade de se preocupar com que está acontecendo de fato com o doente. Independentemente dos florais, o que está acontecendo é que a maioria dos psiquiatras não consegue nem detectar qual é o verdadeiro quadro emocional dos pacientes, coisa que eles deveriam poder fazer, já que foram treinados para isso. O que fazem é usar drogas farmacêuticas para controlar os sintomas

Maria-Fernanda:
E receitam as mesmas drogas para todo mundo, quer dizer, eles tratam a doença e não o doente.

Patrícia Kaminski:
Isso mesmo, mas eu diria que nem a doença estão tratando. O que eles estão tratando são os sintomas mais superficiais, o que para mim é uma medida radical. Quando uma pessoa está numa situação que envolve risco de morte, é apropriado tratar os sintomas. Em situações de emergência, que envolvem riscos iminentes, não sou eu que vou dizer para não tratar os sintomas, porque os propósitos estão ali. Mas, em outros casos que não sejam de risco iminente há outros tipos de soluções e respostas, se os profissionais de saúde estiverem realmente interessados em curar. Todoesse conteúdo pode ser encontrado no livro Cure-se a si mesmo de autoria do dr. Edward Bach.

Maria-Fernanda:
O que você sugere para as pessoas que estão interessadas em conhecer os florais e eventualmente utilizá-los por conta própria? O próprio dr. Bach dizia que qualquer pessoa poderia se medicar com florais. Isso é verdade?

Patrícia Kaminski:
É verdade, sim. O que eu penso é que qualquer pessoa pode usar florais para si mesma, para a mãe, para a família, amigos, no que eu chamo de etapa preliminar, no início.
Mas se quiser se aprofundar, se quiser fazer uma terapia floral, tem de procurar um terapeuta floral. Hoje em dia existem felizmente muitos terapeutas florais, é só procurar.

Maria-Fernanda:
A humanidade está começando a ver a vida e o mundo de uma outra forma. Podemos dizer que estamos entrando em um outro paradigma e isso inclui a saúde, é claro. Dentro dessa nova compreensão, qual é o seu conceito de saúde e que conselhos você daria para quem busca mais saúde?

Patrícia Kaminski:
Saúde tem a ver com equilíbrio, saúde tem a ver com a habilidade de lidar com os estresses da vida.
Isso não quer dizer que nunca ficaremos doentes. Mas, quando acontecer, o negócio é sempre procurar voltar para o centro, para buscar o equilíbrio.
É claro que temos de cuidar da nossa alimentação,     dormir bem, a saúde envolve muitas coisas. Porém, mais do que qualquer outra coisa, para termos saúde precisamos de coragem para viver a vida com todo o seu potencial e isso inclui o nosso repertório emocional.
Ter saúde é correr riscos, é abraçar a vida com tudo o que ela tem, com tudo o que ela nos traz. Viver tendo a coragem de vivenciar todo o nosso repertório emocional, isso é ter saúde.

Maria-Fernanda:
Patrícia, muitíssimo obrigada por ter compartilhado conosco tantas informações importantes e esclarecedoras. Tenho certeza de que muitas pessoas  se beneficiarão com isso. Gratidão.

Patrícia Kaminski:
De nada, Maria Fernanda, foi um prazer. Até a próxima!

Pois é, pessoal, a Patrícia Kamisnki e o Richard Katz dedicam suas vidas à cura das pessoas, através da cura da alma, pesquisando, estudando e utilizando as essências florais da Califórnia e as essências florais do dr. Bach. Além disso, levam essa mensagem de conscientização e esperança pelo mundo afora e fazem isso com tanta leveza, criatividade e poesia, que só de estar na presença deles a gente se sente melhor, mais leve. Eles realmente são muito especiais.
Quem quiser saber mais sobre o trabalho que eles fazem, quem quiser conhecer o sistema de florais da Califórnia, pode acessar o site deles no endereço:
http://www.fesflowers.com

Aqueles que se interessarem em comprar os florais da Califórnia, podem fazê-lo através da empresa Essências Florais, que representa a Patrícia  e o Richard no Brasil. O endereço digital deles é: http://www.essenciasflorais.com.br

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