Alternativas Saudáveis: Receitas de Saúde & Bem-Estar

Os apegos nossos de cada dia

O magnífico Príncipe Sidharta Gautama, que se chamou de Buda ao se iluminar, disse que a causa de todo e qualquer sofrimento é o apego. O legado do Príncipe Sidharta é o Budismo, que vem iluminando a muitos, ao longo do tempo, com seus ensinamentos simples e verdadeiros.

A sabedoria de Buda aponta para um problema real: nós somos muito apegados, não somos? A grande maioria de nós!

Nós nos apegamos a muitas coisas, pessoas, situações, a (quase) tudo que está ao nosso alcance e, ao que não está também. Como assim?

Nós nos apegamos a empregos que não têm nada a ver com a gente, a empresas que não se afinam com a nossa visão de vida, a chefes insuportáveis, que fazem da nossa vida um filme de terror diário, a cargos que nos dão muita dor de cabeça e, nenhuma satisfação pessoal e/ou profissional…deixa-me ver o que mais…nós nos apegamos ao status que tudo isso poderá nos oferecer…

Por que nos submetemos a  pessoas tão abusivas?
Por que nos submetemos a pessoas tão abusivas?

…mas às custas de quê? Do nosso bem-estar, da nossa satisfação pessoal e também profissional, na maioria das vezes, às custas da nossa preciosa saúde. E, tudo em nome da tal da garantia, que, na verdade, não existe, existe? Quais são as garantias que a Vida nos dá? A Vida nos dá muitas coisas, coisas boas, outras muito boas, outras difíceis, outras bem difíceis, mas garantias nenhuma.

Quando nos desagradamos, estamos abrindo uma porta para doenças...uma delas é a depressão!
Quando nos desagradamos, estamos abrindo uma porta para doenças…uma delas é a depressão!

Ah… e, na área afetiva, quem atira a primeira pedra? Ninguém pode atirar pedra nenhuma. Qual de nós não tem apego na área dos amores, dos relacionamentos, sejam esses relacionamentos casamentos, de curta, longa ou longuíssima duração, sejam parcerias de negócios, sejam amizades desse ou daquele tipo?

Conheci uma senhora, que já até faleceu, que guardou o sapato do casamento por quase 70 anos. Ela se casou aos 20, se separou aos 60 e, faleceu aos 90. Ela guardava um ressentimento enorme do ex-marido, mas nunca se desfez dos sapatos com os quais se casou com ele. Freud explica?

Existem aqueles sócios, que a gente sabe que eles jogam água fora do pinico, mas nós não nos desfazemos da sociedade. E, aqueles “amigos” que vivem nos alfinetando, que têm aqueles “olhos compriiiiiidos” sobre as nossas coisas, sobre as nossas conquistas, às vezes, até sobre os nossos dons, sobre as coisas legais da nossa personalidade…vichi! Porque será que não os colocamos pra correr?

Na área dos casamentos a coisa ainda é mais complicada. Há aqueles casamentos onde não existe uma real afinidade, são como uma taça de champagne sem borbulhas. Mas, o casal se mantém ali, unido, em nome da família, dos bons costumes, de filosofias religiosas, de tudo que não se possa imaginar, menos do desejo autêntico de ficar junto, pelo prazer de ficar na companhia um do outro. É como se um fosse a tábua de salvação do outro, em meio a um mar aterrorizante de inseguranças pessoais.

Muitos casais se mantém em relacionamentos, que não funcionam, por medo de seguirem em frente!
Muitos casais se mantém em relacionamentos, que não funcionam, por medo de seguirem em frente!

Há os casos mais graves, onde já existe todo um histórico de desrespeito e, o que um dia foi amor já se transformou em uma montanha de ressentimentos. Mas, nesse segundo caso, o medo de procurar um novo caminho é paralisante e, muito maior que o mal estar causado pela troca diária de abuso. Em casos como esse último, é comum ouvirmos a frase: “É ruim com ele (a), mas é pior sem ele (a).

Apesar de viverem um relacionamento, que se transformou em um amontoado de ressentimentos, muitos casais não se separam...
Apesar de viverem um relacionamento, que se transformou em um amontoado de ressentimentos, muitos casais não se separam…

Apego! Apego! Apego! O medo de mudar é o pai do apego! E, a falta de coragem de vivermos a nossa verdade é a mãe do apego! Ai! Ai! Ai!

Além dos apegos emocionais, afetivos, financeiros e comportamentais, existe o apego às coisas materiais. Esse apego às coisas, ao meu ver, causa muito mal estar também, mas em outro nível. O apego às coisas, causa o acúmulo de objetos desnecessários dentro de casa, o que é conhecido nos Estados Unidos como cluttering.

Segundo pesquisas especializadas, o acúmulo de objetos desnecessários na casa é um indicador de problemas emocionais, ou seja, o apego às coisas materiais é um dos aspectos dos apegos emocionais e afetivos. Esse acúmulo de coisas impede que o Fluxo Essencial da Vida, o Qi, não consiga fluir livremente pela casa, o que pode causar depressão, desânimo, confusão mental e, muitos outros desequilíbrios. A Regra de ouro é: não serve mais, deixe ir embora! Distribua seus objetos sem uso entre os amigos, doe para instituições de caridade, faça qualquer negócio, menos deixar que essas coisas que já não lhe servem, criem mal estar e estagnação  na sua vida.

O acúmulo de objetos na casa é considerado um desequilíbrio, que precisa de tratamento profissional!
O acúmulo de objetos na casa é considerado um desequilíbrio, que precisa de tratamento profissional!

Com certeza, o desapegar não é uma tarefa fácil. Mas, talvez, se colocarmos em perspectiva, de um lado, tudo o que aquela situação, pessoa, cargo, empresa, relacionamento nos dá  e, de outro, o que nos tira, teremos condições de fazer um balanço.

Feito o balanço, só nos resta decidir. Decidir se queremos continuar a sentir uma dor, nossa velha conhecida, ou se nos arriscamos a tentar um caminho novo e desconhecido, que, em vez de “felicidade” engessada, nos surpreenda com oportunidades de experimentar a delícia que é sermos verdadeiros com nós mesmos e, usufruirmos do infinito bem-estar que esse estilo de vida proporciona.

Fica aqui a dica: ”Desapega! Desapega! Desapega!”

Até mais!

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